Meus sentimentos jorram
De início bem caóticos
A intenção de dar o recado
Vai organizando meus pensamentos
Sem o compromisso de rimar
Querendo sacudir
Balançar o que está posto
É poesia que nasce
Nela me permito
o que minha escrita pedir que eu diga
É poesia que avança
Avança sinais, avança muros
Avança contra padrões
Faz meu grito ecoar
Crava o meu pensar
na página que estava em branco
e agora enegreceu-se
Poesia é meu caldeirão
fervendo de ideias e posicionamentos
Poesia são minhas confissões
e meus manifestos
Provoca uma catarse em mim
Nunca sou a mesma depois de escrever
Jogo na tela o que está
impresso em meu âmago
Narro o que se passa em minhas entranhas
Minhas vísceras se abrem
Sangro e cicatrizo
Na poesia encontro eco
Em quem não se permite ser enquadrado
Poesia é a passarela por onde desfilam
as inquietações que correm dentro de mim
Escrevo, grito, contesto, desconstruo, recrio.
Vim para bater nessa estrutura
A poesia é meu martelo
*
*
Sou Cíntia Colares, a Flor de Lótus 🪷
UM POUCO DE MIM
Licença para chegar, peço licença aos meus mais velhos, aos que caminham comigo e aos que darão continuidade à busca por uma outra sociedade.
Sou Cíntia Colares, a Flor de Lótus, mulher negra, jornalista, poeta, coautora em coletâneas, ativista no antirracismo, mãe solo de um adolescente negro, moro na periferia de Porto Alegre/RS. Me expresso em poesias, crônicas e ando experimentando escrever contos também.
Conheça minha escrita e ativismo no Instagram: @jornalistacintiacolares
“Prefiro pagar o preço de ser eu
do que viver de graça
o que eu não quero ser.”
Cíntia Colares, a Flor de Lótus 🪷
Lindo!
❤️👏🏻❤️👏🏻❤️